A nova geração

Já há muito tempo que aqui não vinha dizer qualquer coisa... não tem havido oportunidade ou tema que me ocorra escrever sobre. Mas neste momento há. E eis-me então aqui disposta a dar-vos algumas notícias fresquinhas...
Este post serve única e exclusivamente para dar as boas vindas aos mais novos elementos deste canto... os nossos filhos!
E a geração está a aumentar a olhos vistos, senão vejamos: a Txicken deu à luz um belo Eduardo, a Laura um doce Francisco; a Anabela deu à luz uma princesa Catarina, a Ana Sofia uma linda Ana; a Manuela deu à luz um robusto João Tomás, a Isa só tem olhos para o seu recém-nascido Gustavo. Ainda estamos à espera do Diogo da Marisa que brevemente estará a fazer das suas e a partir de hoje junta-se ao rol das futuras mamãs a Paulinha. E não esquecendo claro os que já nos encantam há algum tempo: a Inês e a Laura, o Luís Pedro e a Mariana, o André e o Francisco, o Afonso, o Gui, a Sofia, o Afonso, o Zé Carlos, a Maria Miguel, a Alicia, a Sofia e o Duarte, a Constança, o Francisco, a Inês, o Pedro, a Bárbara, os gémeos, a Sofia......
Digam lá se isto não é realmente um canto de encantos?

S. Tiago... 15 anos depois...

S. Tiago viu nascer
Uma canção nas escadas
Rasgo a voz já sem tremer
E surgem novas baladas

Há uma voz a cantar à noite na cidade
São as ninfas a recordar dias de saudade
Capas a acompanhar umas Sereias-meninas
São sons, são vozes, são flores, as Mondeguinas
Nós somos as Mondeguinas

Algumas carinhas são as mesmas de há 15 anos... outras são o símbolo da continuidade... Felizmente!

Happy Birthday

Em jeito já de festa e porque já decorrem as comemorações destes nossos 15 anos....

Ficam aqui registados os testemunhos recebidos...

Mondeguinices....


“Uma escola de afectos onde se forjam grandes mulheres”
Suzana Costa

“As Mondeguinas são Um grupo que trouxe inovação à academia e contribuiu para a pluralidade das manifestações estudantis.”
Pitrici

“Uma permanente lição de vida e de amizade.”
Manolita

“As Mondeguinas despertam a música dos nossos corações.

Vanda

“As Mondeguinas foram o jardim de malmequeres num mar de rotinas…. Uma alegria!”

Daniela

“Um grupo de pessoas onde fiz amizades e onde partilhei muitos momentos divertidos que nunca esquecerei. Recordar Coimbra é também recordar as Mondeguinas.”
Caipira

“A sensação do malmequer na orelha e a alegria de dançar a Cantiga Beirã... são uma pequena percentagem dos bons momentos que guardo na "gaveta Mondeguinas".
Leonor

“É difícil descrever as Mondeguinas, mas é Uma honra enorme e sinto o maior orgulho por pertencer a este grupo fantástico!”
Prima

“As Mondeguinas representam desde sempre um viveiro de cantigas e sorrisos pendurados em malmequeres, onde ainda hoje gosto de regressar ao encontro de um regaço, sempre que a vida ameaça rir de mim, para, num braço de um bandolim, cantar e rir com ela."
Katy

“ São alegria, muita dedicação, inesquecível emoção, indescritíveis por palavras ou frases!”
Tau-Tau

"As Mondeguinas fazem parte da minha vida; são a minha segunda família."
Quac

“Mondeguinas: muitos bons momentos, muitas novidades, sempre, muitas aventuras e acima de tudo uma verdadeira escola de vida, no lidar com os outros, no improvisar e no aceitar diferenças (muitas delas "quase" inaceitáveis). E no fim.... a música, a poesia, o sonho e a amizade verdadeira "ad eternum" cheia de cor, de música, de poesia, de sonhos bem reais!!!!! E pelo sonho é que vamos.....!”
Carla Governo

“Foram e ainda são…as minhas meninas…que me ensinam diariamente o valor da palavra amizade e humildade. São uma força humana capaz de me fazer virar o mundo por saber que as tenho ao meu lado…são a minha fortaleza e fonte de inspiração pelo exemplo humano que todos os dias partilham comigo. São pedra angular sob a qual posso repousar em dias de maior desassossego… são parte integrante da minha vida e a quem todos os dias agradeço por me considerarem amiga…”
Clara

“Mondeguinas é a minha caixinha de pedras que sempre que abre, salta uma ou mais que enchem ainda hoje, como antes encheram, minha vida de luz, amizade e força.”
Sãozinha

“As Mondeguinas são Um estilo de música/vida e uma vida/música com estilo!”

Trace

“Para mim as Mondeguinas foram pioneiras. Foi uma época de desafio, de nascer e cultivar amizades.”
Cati Lima

“As Mondeguinas foram e continuam a ser a forma perfeita de eu viver a academia.”
Luísa

“Para mim a passagem pelas Mondeguinas foi dos momentos, se não o momento que mais me marcou na minha vida académica em Coimbra e depois destes anos todos, é de louvar as amizades que ainda mantenho, coisa que não acontece com colegas de curso, acho que significa alguma coisa. Graças às Mondeguinas tive a oportunidade de conhecer mais profundamente a academia, coisa que não aconteceria se não tivesse saído da minha escolinha da Saúde. A minha passagem pelas Mondeguinas foi muito breve mas muito vivida. Tenho muitas saudades dos tempos das cantigas, dos convívios... Adorei este reencontro!” Góis

“As Mondeguinas são um espaço de partilha de emoções. Os anos de faculdade confundem-se com o tempo de Mondeguinas, onde realmente fui muito feliz! Música – Pessoas – Amor.”
Rita Leitão

"A minha passagem pelas Mondeguinas foi uma experiência única na vida. Tive momentos inesquecíveis que marcaram bastante a minha passagem pela cidade de Coimbra e que me ajudaram muitas vezes a superar as dificuldades inerentes ao curso e a enriquecer a minha vida académica... Atrevo-me a dizer: Uma vez Mondeguina... Mondeguina para sempre!!!! Pelo menos no meu coração!"
Aura

"As Mondeguinas são para mim o sorriso de alegria, a lágrima de saudade, a amizade eterna e cumplicidade da nossa sociedade malmequeriana, onde aprendi muito, cresci e formei-me como pessoa e hoje sinto que sou mais uma pétala deste grande Malmequer que não pára de crescer nas margens do Mondego."
Pierce

“Se sou o que sou hoje devo-o em parte às Mondeguinas… foram a minha família, as minhas amigas, a minha VIDA académica.”
Fífias

"As Mondeguinas foram as minhas cúmplices na descoberta de um mundo novo. Com elas cantei, ri, chorei… cresci!"

Gabi

"Como uma família... foram e são assim as Mondeguinas.
Como uma mãe, que tão bem sabe ensinar, mas também se zanga, quando não a queremos escutar...
Como duas irmãs, fiéis companheiras e traquinas.
Como uma amiga sincera, que ri, que chora, que canta bem alto, mas também sabe sussurrar...
Como uma avó, com quem crescemos e aprendemos... a viver e a cantar!"
Sobras

MÚSICA (a nossa, claro!)
OVAÇÃO (à nossa, naturalmente)
NINFAS (nós, as do Mondego)
DAR (e ainda mais Receber)
ESTUDANTES (de Coimbra)
GUITARRA (“Chamateia”)
UNIÃO (“Indignação”)
ICONE (M)
NOSSAS (actuações, serenatas, bebedeiras, gargalhadas, lágrimas…)
AMIZADE (a Nossa)
SAUDADE (Vossa… Sempre!)
Patrícia

“Um grupo de pessoas especiais que me fazem sentir uma pessoa especial.”
Tutana

As Mondeguinas foram uma lição de vida, música que tornou os dias mais bonitos (e as noites!!!!) são a saudade de Coimbra e o meio que nos permite reviver essa saudade ...
Xandra

“MoNdeGuiNaS _ partilhar _ crescer _ cantar e encantar _ sorrir _ conhecer o mundo _ amizades únicas _ orgulho _ grupo de emoções _ entrega _ música apaixonante_ alegria genuína _ academia _ cumplicidade _ sonhos em forma de malmequer _ para sempre…”
Lóio

“Uma experiência….” Xupeta

“As Mondeguinas são…a alegria de cantar, o prazer de subir a palco, o poder no feminino, o conforto de ter amigas para a vida.”
Joaninha

“Mondeguinas: aprender, crescer, rir, zangar, perdoar , aceitar, dar, amizade, encontro, melodias,.... Obrigada.”

Gui

“As Mondeguinas são um raio de sol na aurora da minha vida…”

Miss Becas

”As Mondeguinas são o arco-íris num dia de tempestade. São a cor num mundo a preto e branco. São a diferença no meio da indiferença. São alegrias e tristezas, risos e lágrimas, são aprendizagem e divertimento, são amizade sentida, são saudade... São a janela aberta para o mundo.”
Paulinha

“As Mondeguinas serão, para mim, uma eterna sinfonia... Cada uma de nós é uma nota, cada momento tem um andamento, cada encontro tem os seus acidentes e pausas musicais, cada actuação tem os seus fortes e pianos, cada malmequer marca o compasso... Mas as Mondeguinas serão sempre pautadas por alegria, saudade, harmonia e amizade!”
Flávia

"É certo que tudo tem um tempo para acontecer, um tempo para durar…mas nas Mondeguinas esse tempo nunca passa. Fica-nos debaixo da pele, como a cidade, o Mondego e os amigos. Não se pode explicar, nem testemunhar…só viver."
Olga

“As Mondeguinas foram, são e serão sempre a mais doce forma de sentir Coimbra....”
Pitcha

"É com orgulho e carinho que recordo o período em que passei pelas Mondeguinas. Marcaram-me profundamente a amizade, criatividade e ousadia, as mulheres incríveis que conheci, os dias e noites conhecendo povos e percorrendo lugares, a alegria das canções, as olheiras com um brilho nos olhos, os ensaios em que partilhámos sentimentos e risos, os aplausos e apupos das plateias, a partilha de emoções que ainda permanece."
Lívia

“As vozes que o tempo não consegue apagar!”

Antonieta

“Um dia fui presenteada com um brinquedo, provavelmente o último, e que recordo como se ainda fosse criança...Brinquedo vivo, que dá e recebe, que nos faz crescer e que cresce também pelas nossas mãos, que se transforma depois em grandes amizades para toda a vida, em companhia sempre presente de uma maneira ou de outra, em refúgio e estimulo. Obrigada Mondeguinas, por terem na vossa vida um lugar para a minha vida...”
Bebé

“Usando a imagem de Camões da Ilha dos Amores, diria que as Mondeguinas foram uma Ilha das Amizades, em que as Ninfas encantavam com suas músicas os marinheiros (público), envolvendo-os numa aura de magia…”

Isa

“ A passagem de umas melodias de bons momentos.”
Beri

“As Mondeguinas foram o meu grupo de amizade sincera mas exigente, de alegria explosiva mas genuína, de fazer música de forma espontânea em qualquer lado mas rigorosa em palco. Foram o meu porto de abrigo em momentos difíceis e um espaço de partilha para os fáceis. Hoje, para mim, são inesquecíveis por isso.”

Laura

“São a minha melhor recordação da faculdade. São a prova que a nossa música e as nossas raízes vivem em nós. Mostrou-me que a música revela a nossa verdadeira alma e, quando a fazemos juntas, somos uma só. Era isso que sentia nas Mondeguinas: que quando cantávamos éramos todas uma mesma coisa. E além disso havia ainda um mundo inteiro em cada uma de nós.”

Roque

“Mondeguinas são Saudades que me põem um sorriso nos lábios :)
Sinto Saudades....
Será da esplanada no "Cartola"??
do café "Mil Doce"??
dos finos no "Couraça"??
dos (tre)moços do extinto OAF??
do S.Gregório de alguém à janela do Reis??
dos FRA's à porta da AAC??
dos PeddySerenatas pelos arredores de Coimbra??
dos tralhos no quebra costas??
da perseguição de florista em florista a 5 minutos de actuar??
de actuar??
de sorrir??
de me enganar convictamente no Ré menor...sem Dó :)??
de partir o Sol a meio da Tinta Verde??
...ou será por outras tantas "picolas" coisitas??
Essas saudades de outros tempos, são pontos de encontro, que dentro de mim tenho convosco..:)
São saudades com sorriso nos lábios, por poder continuar a tropeçar nos vossos sorrisos...”
Patins

“As Mondeguinas proporcionaram-me uma foram única e vibrante de viver a Coimbra Académica. Foram escola de uma lição que fica para sempre. Banda sonora que nos acompanha em todos os momentos.”
Janine

“Um momento, uma vida, uma formação, uma alegria! Um mundo que agora se tornou saudade, uma recordação que fica para a vida.”
Carla Janeiro

“ Grupo musical feminino que lembra alegria, partilha e companheirismo.”
Rita Barradas

“No Mondego cresci, na faculdade aprendi mas é nas cordas do cavaquinho ainda mal tocadas que fica a saudade de tempos em que vivi. Beijo e que as ninfas do Mondego encantem para todo o sempre as noites de Coimbra”
Tipo K

“As Mondeguinas são o verdadeiro espírito académico que guardo com saudade.
A música tradicional...
As guitarras a tocar...
As noitadas a cantar e a rir...
O traje de estudante...
Os Sons da Primavera...
O Canto da Sereia...
A Queima das Fitas...
As amizades que ficam...
O espírito de todas torcerem para o mesmo...
O bonito Malmequer...
Tudo num só nome... As Mondeguinas...”
Txiken

"As Mondeguinas não são mais que um grupo de pessoas que, através da música, criam um laço eterno e etéreo capaz de combinar de forma harmoniosa o ser de cada uma através da amizade, companheirismo, fraternidade e emoção. São no fundo a alegria de cantar e sorrir em sintonia pelas ruas de uma cidade mística, não "Coimbra-cidade", mas "Coimbra-(o-nosso!)-lugar-eterno" que vamos construindo juntas!"

Indira

“Se ser Mondeguina é ser malmequer, então suponho que cada uma de nós represente uma pétala e que estejamos todas unidas pelo mesmo pólen, o pólen da amizade, da alegria, do gosto pela música, do espírito de grupo, da vontade de ir mais além, das tradições académicas e do amor a Coimbra.”
Tisha

“No mundo dos malmequeres conheci Coimbra…no mundo da música descobri as baladas….no mundo da amizade descobri gerações e gerações de Mondeguinas. Parabéns por estes 15 anos!”
Joana Bra

“Mondeguinas: Um grupo onde conheci e vivi o verdadeiro espírito académico de Coimbra.”
Müppie

“Para mim as Mondeguinas são a minha paixão. É nas Mondeguinas que partilhamos o gosto pela música, o gosto de cantar e onde nos entregamos a momentos mágicos sempre a sorrir de malmequer na orelha!”
Dulcineia

“O chorar de emoção numa balada de magia.”

Afonsina

“Mondeguinas: é para mim partilhar aquele que já é o canto que me faz cativa, versos de saudade que transportam a pureza de um malmequer, paixão inflamada de um acorde, o calor negro de uma capa voando ao luar, a camaradagem, um personificar uma juventude sem tempo ou velhice, sem geração.”
Mariana

“Inicialmente disse, “imagino um malmequer a escorregar numa clave de Sol e a cair sobre o Mondego. Hoje afirmo, “sei de uma malmequerlandia cuja a beleza faz esquecer qualquer problema porque é Uma muralha sintonizada sem distâncias entre a Música e o Sol, onde a infra-estrutura do Tempo se rende a um FRA, ou a uma bebida, composta por pétalas e claves, onde o Som é o caminho estreito da Amizade e cada riso a Luz que colmata a saudade, porque as suas vozes maravilhosas são um perene aqui e agora, a das Mondeguinas. É o que afirmo hoje e sempre. O caminho do “obrigada!” a cada uma de vós por tudo e pelo resto, à Vossa, à Nossa.”
Pimpi

“Para mim as Mondeguinas são Coimbra. Esta cidade mágica onde com elas aprendi a música das emoções e cresci com os momentos e palavras inesquecíveis…Sou feliz por ser uma pétala deste malmequer de gerações”
Maria João

“Female God of Mondego” que um dia resolveram trajar e andar por aí a beber e a cantar.”
Óbué

“Para mim as Mondeguinas é um momento de partilha de conhecimento não só musical mas principalmente de experiência de vida.”
Carlota

“Dizem que é na simplicidade que está a beleza…como por exemplo, num simples malmequer. Mas para além dessa beleza existe algo mais que o caracteriza. Em cada pétala sua encontramos: a amizade, a entreajuda, o respeito, espírito de entrega, a criatividade, o espírito crítico, o gosto pelo convívio e pela música…entre tantas outras características deste malmequer. Ou seja, ser parte do “malmequer mondeguinico” é ser parte de qualquer coisa maior do que nós, onde pessoas diferentes são capazes de se unir por um propósito em comum a todas!”
Margarida

“Segui o sorriso do malmequer e aprendi a melodia do Mondego com todo o espírito académico as Mondeguinas são o meu sossego.”
Vegeta

“As Mondeguinas para mim são um grupo onde aprendemos a viver Coimbra e a olhar o passado com um sorriso nos lábios e um sentimento de saudade único...mais que tocar e cantar as Mondeguinas são o (re)viver de momentos únicos"
Bica

“As Mondeguinas não são flores que se cheirem, são flores que se ouvem na saudade de dias inesquecíveis.”
Matilde

“Para mim as Mondeguinas são amor e responsabilidade de dar continuidade e tornar-me parte integrante da tradição Coimbrã dentro de uma família que dela faz parte.”

Siri

“ As Mondeguinas ajudaram-me a ver Coimbra com outros olhos…”
Reni

“Com um bandolim a tocar
A magia das Mondeguinas vai começar
Só espero um dia a palco subir
Para finalmente de orgulho sorrir
E dizer a cantar
O orgulho que sinto de pertencer a este lugar.”
Trialta

“Ser uma Mondeguina
É ser-se uma menina
E na voz uma mulher
Nas mãos uma guitarra
E no cabelo um malmequer”
Ana Catarina

Vozes e sons sem tempo

Porque queres ser Mondeguina

Esta é uma das perguntas que normalmente se fazia a quem à 3ª e 5ª aparecia pela Casa da Cultura para fazer uma audição. Era e ainda é este o 1º passo. A partir daí começa toda uma caminhada por vezes atribulada e difícil, cheia de obstáculos para ultrapassar. Outras vezes mais serena com uma cadência regular tal qual o som de um bombo ou de uma pandeireta a ditar o ritmo da próxima música.

E as respostas à pergunta inicial não variavam muito… “quero entrar para as Mondeguinas porque gosto de cantar, porque gosto de música.”

“Tens a certeza? Não vens para aqui para poderes beber uns copos e conhecer uns gajos?” – perguntava eu quase sempre em tom mais ou menos de brincadeira.

Ouvi mais tarde alguém fazer as mesmas perguntas e sorri…a intenção era mesmo essa, saber se realmente a paixão que as fazia percorrer aquela rua íngreme até à Casa da Cultura todas as 3ª^s e 5ª^s era, de facto, a Música.

Foi por ela – a Música – que este grupo se formou. Foi por esta paixão, por este gosto de cantar e tocar que um dia uma dezena e meia de raparigas se juntou e deu corpo e alma a um grupo. Fizemos isso conscientes que estaríamos a desafiar, que seríamos uma alternativa ao nada que existia, que seríamos inovadoras, que seríamos independentes, e que por tudo isso marcaríamos a diferença.

Demos literalmente o corpo pela música: bolhas nos dedos de tantos bordões tocar na guitarra, horas a fio a trinar a mesma melodia até acertar, fífias atrás de fífias para tocar certinha aquela nota difícil de alcançar na flauta, horas extra em laboratórios para aprender um instrumento, horas de ensaio à chuva ou ao frio …. Sim… muitos ensaios foram inicialmente ao ar livre, repetições atrás de repetições da mesma linha melódica até que ficasse bem assimilada… E tudo isso valia a pena!

A alma estava ali… em cada nota aprendida de forma sofrida e suada. E a nossa música ganhava corpo e alma.

E a esta dezena e meia de raparigas outras se foram juntando. Dia após dia, mês após mês, ano após ano. Meninas mulheres que juntas riram, choraram, cantaram, viveram momentos inesquecíveis, viveram momentos de tensão, de amor e desilusão – porque sempre foi assim e sempre assim será, tal como na vida real. E este é um grupo real, feito de pessoas reais.

Criam-se laços, partilham-se cumplicidades e nascem amizades. Aprende-se muito neste grupo de gente real, de gente com uma paixão comum. Não se cria uma amizade estreita com todas porque isso é irreal, mas o respeito por quem começou e por quem dá continuidade a esta paixão deve permanecer ao longo dos anos.

E continua a ser isso que nos faz viajar kms um ou duas vezes por ano para reencontrarmos quem um dia partilhou connosco essa paixão… rever caras e receber abraços… trocar novas ou velhas histórias…cantar velhas melodias … e conhecer as novas caras, as novas histórias, as novas melodias… e é compensador quando isso acontece. Não há cansaço de um dia de trabalho que impeça de viver esses momentos… porque valem sempre a pena!

E desde o 1º aniversário houve sempre esse sentimento de partilha, de convívio, de acolhimento a quem regressava por breves momentos e voltaria a partir dali a instantes mas com novas recordações na bagagem.

15 Anos é uma data surreal para quem, e falo por mim, cantou pela 1ª vez nos degraus de uma escada numa tarde quente de Junho.

Se me perguntassem há 15 anos se achava que este grupo teria força para se manter ao longo deste tempo, diria que não acreditava porque tudo tem um tempo para acontecer e para durar – tal como o malmequer que nos acompanhava em cada actuação. Durava enquanto essa actuação durasse. No final da noite já estava murcho. Ficavam apenas as recordações de mais uma actuação, dos momentos passados e dos laços criados.

Mas ainda bem que me enganei.

E eu engano-me muitas vezes. Não acerto no bordão à 1ª, não acerto na nota que canto, não acerto nas palavras, não acerto muitas vezes nas atitudes, mas uma coisa tenho como certo: é o amor e o carinho que sinto por cada uma de vós, o orgulho que tenho de vós como Mulheres, como Companheiras, como Mães, como Profissionais, como Estudantes.

Não consigo descrever tudo isso em palavras… por isso constantemente vos digo de viva voz: Já vos disse hoje que vos amo? Já vos disse que gosto muito de vós?

E hei-de dizê-lo sempre porque, e podendo ser lamechas, quero dizê-lo para que o saibam e o sintam. E correndo o risco se ser chata, sim porque sei que o sou….o digo mais uma vez:

Amo-vos! Sem distinção hierárquica.
Amo-vos porque ainda me conseguem aturar.
Amo-vos porque me deixais fazer parte das vossas vidas.
Amo-vos porque me dais alento e secais minhas lágrimas quando preciso.
Amo-vos porque me dais a honra de partilhar momentos especiais da vossa vida.
Amo-vos porque tenho em vós uma segunda família.
Amo-vos porque sereis sempre as minhas meninas…


Obrigada.

Encantada!

Começo a ver muitas (en)cantadas por aqui... :) é bom sinal!
Não tenham receio... vão escrevendo pois todas vós sois autoras deste espaço!
Façam "cantadas" e "cantos" diferentes pois só assim vale a pena este cantinho :))

Ola cantos!!!!

Um espaço aberto

Um espaço de partilha para as que têm um canto e muito encanto. Partilhemos, pois, alegrias e tristezas. É um espaço nosso onde podemos dar asas à nossa imaginação, colorir um pouco o nosso dia-a-dia, colocar dúvidas... sem censura ou limites à liberdade do nosso canto

ainda

em fase experimental...